26.9.08

Porque deve ser diferente



Algumas pessoas não desistem. Se o mundo se quebra e a carne se rasga, elas continuam. Se caem, estão de pé. Não aprenderam o valor dos objetos antes do valor das pessoas.

Seguem sozinhas ou em coletivos, mas não dobram a coluna diante do terno, nem bajulam carros ou se enquadram nos manuais dos que obedecem a mídia corporativa. Não se interessam pelas oportunidades dos planos de carreira.

Seguem se amotinando nas fábricas, ocupando latifúndios, se manifestam nos auditórios e nas praças, grudam cartazes nas ruas, se juntam pra cantar e gritar contra os que se sentam nos palácios e nas fortalezas, decidindo sem os ouvir, sem olhar pras fomes do povo. Não reconhecem outro poder que não seja o próprio. Em alguns lugares pegam em armas. Na maioria, lutam com palavras, com sua arte, seus gestos e suas escolhas.

Alguns produzem filmes, publicam livros, promovem debates. Nós os admiramos e os apoiamos:

Lançamento do livro Nem o centro e nem a periferia, exibição do documentário Zapatistas e bate papo sobre o tema. Sábado, 27 de Setembro - 18h
Sindicaixa (Rua República, 92 - Cidade Baixa, Porto Alegre)




+FILME: OS ZAPATISTAS - BIG NOISE: 1º de Janeiro de 1994, o dia em que entra em vigor o NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio). Poucos minutos depois da meia noite, no sudeste Mexicano, milhares de soldados Mayas declaram guerra contra o capital globalizado das corporações que ditam as regras no México. Eles chamam a si mesmo de Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).
1998 / 55 min / Legendas em português

+LIVRO: NEM O CENTRO E NEM A PERIFERIA - SCI MARCOS: Em dezembro de 2007 os zapatistas realizaram em San Cristobal de Las Casas o Colóquio em Memória a Andrés Aubry. A Editora Deriva publica em livro sete textos lidos no Colóquio pelo Subcomandante Insurgente Marcos, porta-voz e chefe militar do EZLN, onde o leitor terá acesso às elaborações teóricas zapatistas que inovaram e questionaram diversos cânones das teorias e experiências dos movimentos de esquerda do último século, desvelando novas e reeditando velhas formas de organização e de se fazer política. São comunicados sobre calendários, geografias e cores.

+ BATE PAPO: Bora puxar umas cadeiras, olhar no olho e trocar idéias, impressões, experiências, provocações e o que mais vier à tona sobre o que os zapatistas estão realizando no México e, por que não?, sobre o que há por realizar por aqui. Participação da Resistência Popular e de Jorge Quillfeldt, professor da UFRGS.

www.deriva.com.br

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