30.7.08

A informação que a grande mídia não deu, não dá e nem dará

Durante a marcha do MST a Porto Alegre, um grupo de jovens se encarrega de fazer contato direto com a população, distribuindo uma carta que explica os motivos da marcha, o contexto da distribuição e uso das terras e a necessidade de se fazer reforma agrária.

Como a mídia corporativa mente o tempo todo para a sociedade a respeito do MST, seus integrantes sabem que a marcha é um momento importante para que as pessoas recebam outra informação.

O que a grande imprensa esconde e a carta diz:

"Por que marchamos?

Somos trabalhadores rurais sem terra, acampados de todo o Rio Grande do Sul. Marchamos rumo a Porto Alegre exigindo o direito à terra para produzir alimentos e uma vida digna para todas as famílias.

A constituição brasileira diz no artigo 184 que toda a terra que não cumpre a função social deve ser desapropriada para a reforma agrária. Ano passado, após três colunas marcharem por 60 dias rumo a Fazenda Guerra, o governo do Estado, Federal e Incra assumiram o compromisso diante do Ministério Público Estadual e Federal de assentar 1.000 famílias até abril e 1.000 até dezembro desse ano. Já estamos em julho e apenas 30 famílias foram assentadas.

Além de não realizar a promessa, o Governo Federal não cumpre a lei de desapropriação das áreas que não cumprem função social. No Rio Grande do Sul, o Governo do Estado trata os movimentos sociais como caso de polícia. O mesmo governo que reprime trabalhadores e fere os direitos humanos, financia as empresas estrangeiras que plantam eucalipto e soja transgênica para exportação, levando nossas riquezas naturais e deixando a seca, desemprego e destruição. Já o Ministério Público, que deveria estar cobrando o acordo firmado com o Incra, fecha os olhos para as transnacionais que plantam eucalipto irregular na faixa de fronteira.

Arroz, feijão, verduras... Tudo que vai para a mesa do trabalhador está cada dia mais caro. Isso porque as terras do Brasil não estão produzindo alimentos. Grandes empresas estrangeiras estão comprando terras aqui para produzir etanol de milho e cana ou eucalipto. Com isso, estão diminuindo as lavouras de arroz, feijão e outros alimentos, aumentando o preço da comida.

A Reforma Agrária dá certo, e será uma solução para esse problema. Na região de Porto Alegre, por exemplo, os assentamentos do MST produzem mais de 2 milhões de toneladas de arroz por ano. Em Nova Santa Rita, a Cooperativa dos Assentados produz 168 mil kg de suínos e 87 mil litros de leite. E em Charqueadas, são 5 toneladas de hortaliças por mês e mais de 240 mil litros de leite."


Agronegócio
Latifúndio para as multinacionais
Terra para produzir eucalipto e soja
Aumento dos preços e envenenamento dos alimentos
Desemprego e pobreza na cidade

Reforma Agrária
Terra para as famílias acampadas
Terra para produzir alimento
Alimento mais barato e saudável
Emprego e desenvolvimentos para a cidade

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

o nome da fazenda centenária, é Coqueiros. Em Coqueiros do Sul,de propriedade da Família Guerra.

Informação fonte : Ministério Público Estadual e Federal,MDA, e Incra.

5.8.08

 

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