MP: Fantasiosa teoria sobre as formas de luta social

Pela distorção total das idéias de sua autoria sobre o MST, Zander Navarro descaracterizou em tom expresso, num artigo escrito hoje (27), as ações preparadas pelo Ministério Público contra o Movimento. Isso dá uma pá de cal e enterra as argumentações honestas de que se serviram os senhores promotores nesse ataque histórico do MP a um movimento social.
"Ao assim agir, o MP tem assumido uma face arbitrária que transita ao arrepio das leis cuja observância são sua própria razão de existência. As acusações igualmente acentuam a “natureza política” do MST, em aspecto quase ridículo, pois seria impensável que uma força social como o Movimento, lutando pela implementação da reforma agrária, pudesse abrir mão de sua natureza política".

Essa desaprovação do sociólogo da UFRGS evidencia má intencionalidade no trabalho dos promotores, por que não foram fiéis ao uso de suas fontes, "distorcendo inteiramente" as pesquisas de Navarro para tentar

[na imagem, capa do livro Produzir para Viver, org. Boaventura de Souza Santos, ed. civilização brasileira - nele Navarro trava debate com o MST, com respostas de ambos. É uma indicação de leitura.]
No final de sua carta, Zander propõe a discussão:
"Ao optar pela reiteração de uma forma de existência semiclandestina, o MST arrisca-se a perder apelo popular e, especialmente, a legitimidade de suas ações e formas de pressão tornam-se igualmente reduzidas. Este episódio desencadeado pelo Ministério Público gaúcho, que é preocupante e merece o repúdio de todos as correntes democratas, talvez sirva pelo menos para estimular tal reflexão por parte dos membros da organização dos sem-terra".
E os promotores?

Como se dará isso agora é uma questão de Justiça. O MST vai querer estar preparado para o Judiciário de acordo com declarações de seus advogados já publicadas no Subverta!. Isso quê há ambiente de espera da reprise do Frente a Frente, da TVE, com o promotor Gilberto Thums [esse aí na foto meio inclinadão], nesse domingo a noite.
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