2.7.08

EXAGERADAMENTE CÍNICOS - por W.U.

O objetivo, mesmo que disfarçado e sutil, é sempre de manter o clima de criminalização do MST. Seguidamente, os showrnalistas “descobrem um especialista” para legitimar as verdadeiras posições dos partidos que representam, no caso o PRBS. A imagem é uma reprodução da página 15 de ZEROLânDIA, edição de 02.07.2008. O sociólogo Zander Navarro tem noção do papel desempenhado pela mídia, no processo de criminalização do MST. Ele não pode alegar inocência sobre a função de um papo desse tipo: “promotores cometem exagero” e ferro no MST. Sempre ferro no MST. As pessoas comprometidas com justiça social e democracia não concendem entrevistas, legimadoras da hipocrisia, aos veículos da mídia corporativa com uma linha editoral de extrema direita, tipo ZEROLânDIA. Supondo que tenha sido pego desprevinido - pelo Bentrotreze - poderia responder desmontando as perguntas ”bem formuladas” pelo cão de guarda do sistema. Este cara é suspeito e arrempedido. Já apoiou o MST. Também não é por uma obra do Divino que o escolhido é um arrependido. Existe uma lógica em tudo isso. Sugere a subjetividade de que outras pessoas possam também estarem arrependidas. Ou que venham revisar suas posições de apoio. Suspeitamos de tudo.

Nesse momento o apoio ao MST deve ser irrestrito.

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Esse texto do Ponto de Vista é uma sequência natural de nossa postagem sobre a desqualificação de Zander Navarro às ações do MP gaúcho contra o MST. É uma contradição fiadaputa essa mania de se levar em consideração que tem de dar entrevista no jornalão para se explicar para a sociedade de aberrações públicas que outros fizeram lhe usando como fonte, ou que outros lhe acusaram de algo.

É que neguinho vai e se explica para repórter de latifundiário, que costuma fazer reportagem sobre os sem-terra e não entrevista nenhum sem-terra, só pega declaração com todos seus colegas juntos. Y anda colado na Brigada - sempre junto. Por isso até que dá curso de Jornalismo Policial na PUC. É um professor no meio.
O interlocutor é piranha. Tem de saber com quem se fala. E a entrevista, na página do jornalão, acaba por atender interesses bem maiores que de se explicar à sociedade. Serve contra o movimento, num momento de apoio irrestrito.

Por exemplo
Repórter da IstoÉ liga para o Coletivo Catarse, meio nervosa, sem saber o que falar direito, depois de assistir nosso vídeo de apoio ao Movimento e pede informações sobre detalhes da violência policial contra os sem-terra nas últimas operações da Brigada Militar. Não respondemos nada. Não passamos nenhuma informação. Não temos nada para dizer para essa gente nesse momento. Sai fora, Urubu! O que a gente quer dizer, nesse momento, diz a gente mesmo. Eles evitam entrevistar sem-terra. Deus-u-livre de jornalismo mais canalha.

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