Não há consumismo em Cuba
A postagem são de trechos da última edição do Correio da Cidadania, sobre as medidas adotadas pela ILha Socialista para eliminar restrições à aquisição de aparelhos eletrônicos pela população.
"Não há nenhuma reviravolta drástica na ilha de Cuba. O governo apenas promove "retificações das decisões adotadas nos momentos mais agudos da crise econômica em princípios dos anos 90, quando começou o que chamamos de ‘período especial’, como efeito da queda do campo socialista, da desaparição da União Soviética e do agravamento das medidas do criminoso bloqueio dos EUA. Naquele momento, para evitar as desigualdades sociais na nossa sociedade marcadamente igualitarista, adotaram-se medidas de restrição ao consumo".
Lázaro Barredo, diretor do Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, ridicularizando os jornalistas e "mercenários" da imprensa burguesa pela cobertura que fazem da situação.
Não há nada de babaquice anti-consumista como a gorda imprensa vem tratando o caso:
Durante o "período especial", iniciado em 1991 com a débâcle do bloco soviético, a ilha de Cuba ficou sozinha no mercado mundial, tendo de enfrentar o desaparecimento de mais de 80% do seu comércio externo. Neste contexto, extremamente difícil, a ilha do Caribe foi golpeada por fortes penúrias, particularmente quanto à energia, o que provocava os longos apagões. Nessa época, as autoridades limitaram a venda de aparelhos elétricos devoradores de energia. Essas restrições estavam totalmente justificadas. De fato, teria sido irresponsável proceder de outro modo, uma vez que o sistema energético, fortemente subvencionado, poderia entrar em colapso. ´
Na fase recente, devido à abertura de novas relações comerciais e à engenhosidade do seu povo, este cenário foi superado. "Graças à ‘revolução energética’, lançada em 2006, que consistiu em substituir lâmpadas e antigos eletrodomésticos, como televisores, refrigeradores e ventiladores, por aparelhos mais modernos, cujo consumo de energia é menor, milhões de cubanos foram beneficiados por toda uma gama de produtos novos com preços subvencionados pelo Estado, abaixo do valor de mercado. Atualmente, a economia de energia já conseguida permite enfrentar a demanda da população, o que explica a eliminação progressiva das restrições à aquisição de novos aparelhos eletrodomésticos, computadores e outros".
De fato, como reconhecem os líderes cubanos, o país ainda esbarra em inúmeros obstáculos, é subdesenvolvido. "Mas essa realidade concerne a uma parte imensa da população mundial, que vive na pobreza e cujas principais preocupações não são adquirir um reprodutor de DVD ou microondas, mas, sim, comer três vezes por dia e ter acesso à saúde e à educação, angústias inexistentes em Cuba". Segundo a própria ONU, 854 milhões de pessoas no mundo sofrem de desnutrição; a cada dia, 26 mil menores de cinco anos morrem de fome ou de doenças curáveis – 9,7 milhões de crianças ao ano. "Nenhum cubano faz parte destas listas".
Os mercenários da mídia burguesa:
Com o crescimento sustentado da economia e as mudanças na realidade mundial, Lázaro acredita que novos avanços ocorrerão na ilha. Animado, informa que o povo participa hoje de um intenso debate sobre os rumos do país. "Mais de quatro milhões de compatriotas apresentaram propostas a partir de suas fábricas, cooperativas e universidade, passando por municípios e províncias, até chegar aos ministérios e ao governo. Todas as opiniões, inclusive as mais críticas, visam apenas fortalecer a revolução. Há uma expectativa muito favorável em Cuba. Raúl Castro definiu bem este momento diante dos deputados da Assembléia Nacional, ao dizer que não se pode temer as discrepâncias e que não há contradições antagônicas na sociedade. Do intercâmbio profundo de opiniões divergentes sairão as melhores soluções. Há muito otimismo com as medidas adotadas".
***Não compre mais jornais como Zero Hora e seus semelhantes. Não assista telejornais como o da TV Globo e seus semelhantes. Deixe de lado os semelhantes. A informação está nas brechas da imprensa. Está nos veículos pequenos, de pouca repercussão pública. Esse é o JORNALISMO verdadeiro atual. O dos semelhantes é tudo relações públicas pera grandes corporações. Eles não fazem mais JORNALISMO pelo uso irresponsável de poder que promovem todos os dias.
***AS fotos das geladeiras são de Gustavo Türck e Têmis Nicolaidis, companheiros de Coletivo Catarse que visitaram Cuba no início deste ano. Fizeram, inclisive, postagem sobre o tema no Alma da Geral.
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